Depois de quatro meses, está chegando ao fim a safra do umbu no sertão da Bahia. No norte do estado, a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC) já processou este ano 140 toneladas da fruta. A cooperativa produz doce, geleia, compota, suco e polpa de umbu e também, em menor proporção, de manga, goiaba, maracujá e banana.
A cooperativa tem 141 cooperados, mas 350 famílias das três cidades onde atua participam dos negócios que envolvem a cooperativa, desde a colheita até a comercialização. O maior cliente da cooperativa é a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que compra produtos derivados de frutas para a merenda escolar de 12 municípios da região, atendendo a 87 mil estudantes da rede pública de ensino.
Através do Comércio Justo, pequenos mercados da Áustria e França se tornaram clientes da cooperativa e passaram a vender, na Europa, as guloseimas produzidas no sertão nordestino.
No Brasil, quase todos os estados compram produtos derivados do umbu. Mas o maior cliente do mercado interno é o Empório Chiappetta, em São Paulo, cujo proprietário esteve recentemente na COOPERCUC para conhecer in loco a produção e as novas linhas para o mercado que a cooperativa está testando.
Estão em fase de teste as frutas desidratadas e a calda para sorvetes. “Esperamos colocar os novos produtos no mercado ainda este ano”, aposta a gerente comercial da Coopercuc, Jussara Dantas de Souza.
A cooperativa pretende ampliar de 180 para 500 toneladas a capacidade de processamento anual de frutas, para aumentar e diversificar os negócios já realizados. Para isso, conta com o apoio do Sebrae, que está propondo uma consultoria na elaboração de um plano de trabalho que vai estudar as viabilidades técnica e econômica do negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário